sábado, 6 de novembro de 2010

Estágio na ONG Aldeias SOS Brasil

           Meu nome é Thalita e minha área de estágio é na Infância e Adolescência,na ONG(Organização Não Governamental)Aldeias Infantis SOS Brasil.
O processo de inserção no campo já se iniciou tumultuado. Num prazo determinado as vagas para estágio são abertas,então cada estudante pode concorrer até 4 campos diferentes.Á medida que os discentes vão sendo selecionados em algum espaço abrem mão de concorrer as outras vagas ou fazem as demais seleções e no fim do processo decide em qual local ficar,caso seja aprovado em mais de uma instituição.
Em todos fiquei em 3° ou 4° lugar não sendo chamada,já no 2° semestre houve o que a faculdade de Serviço Social denomina como “repescagem”  que é a inserção dos graduandos em locais ainda sem estagiários.
Inicialmente fiquei um pouco frustrada e com receio de não ter estrutura emocional para agüentar as particularidades das Aldeias,por se tratar de um abrigo e das peculiaridades  imbuídas nas crianças em acolhimento como abuso sexual,violência doméstica,drogadição...
Contudo vi ali também um rico espaço para aprender mais sobre a profissão uma vez que segundo a assistente social que veio apresentar o campo relatou que o estagiário poderia ter uma rica vivência profissional  com os diversos encaminhamentos que se processavam lá,visitas as instituições parceiras,elaboração de relatórios para a Vara da Infância,entre outras.
O primeiro contato com o campo através de leituras,mostrando na atuação profissional a articulação entre teoria e prática tão preconizada na academia:Nessa linha de atuar e concomitantemente pensar acerca da realidade.
Na rotina do estágio é grande a demanda por cópia uma vez que todos ofícios,autorizações de saída do acolhimento e rotina escolar/médica ficam arquivados nas pastas das crianças e na de ofícios emitidos/recebidos.
Ocorre um rico aprendizado a medida que pode-se conhecer o histórico de vida dos acolhidos e os direcionamentos que o caso vai tomando.
Durante esse semestre também fizemos visitas a algumas instituições que as Aldeias Infantis possuem parcerias no Programa de Fortalecimento Familiar e Comunitário.A atuação da ONG nesse sentido se dá com assessoria para fomentar essas ao enquadramento de princípios como a prestação de serviços como direito(um desafio nas organizações de cunho religioso nas quais caridade e legislação se confundem) e dar visibilidade a comunidade sobre esses atendimentos.
Participei também de eventos relacionados a área como os seminários:”20 anos do Estatuto da Criança e Adolescente” e “Estado,Capitalismo e Políticas Públicas”.
Por fim observamos também alguns atendimentos individuais  feitos pela assistente social fornecendo uma dimensão real dos limites e possibilidades da profissão.
No estágio estou percebendo como é possível nos atendimentos orientar as pessoas quanto aos seus direitos e assim fazer a diferença para ela.Entretanto percebo que o fazer profissional é permeado por limites institucionais ,desse modo cada vez mais me convenço que a transformação social com superação do capitalismo se dará por meio de organizações da classe trabalhadora,as quais,infelizmente,não observo o fortalecimento dos profissionais em Serviço Social. 

Thalita. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário